ColunistasMarcelo Aprile

O monstro da inflação voltou!

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LOS ANGELES, CA (BDCi News) — Em economia, a inflação é o aumento dos preços de bens e serviços. Quando o nível geral de preços aumenta, cada unidade da moeda compra menos bens e serviços, Inflação corresponde a uma redução do poder de compra do dinheiro, medida através de uma taxa calculada da variação percentual anualizada de um índice geral de preços.

Agora os preços não aumentam todos por igual, então anexar um valor representativo a um conjunto de preços é um problema desse índice. O índice de preços ao consumidor é frequentemente usado para esse fim; o índice de custo do emprego é usado para representar os salários nos Estados Unidos, por exemplo. A diferença entre os preços ao consumidor e os salários é considerado uma mudança no padrão de vida.

O Brasil tem vários índices de preços. O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) é o índice utilizado no sistema de metas para a inflação.

O que causa a inflação?

As causas são muito discutidas e o consenso é que o crescimento da oferta monetária, juntamente com o aumento da velocidade do dinheiro, é tipicamente a causa dominante.

Se a moeda fosse perfeitamente neutra, a inflação não teria efeito sobre a economia real; mas a neutralidade perfeita geralmente não é considerada crível. Os efeitos sobre a economia real são severamente perturbadores nos casos de hiperinflação. A inflação mais moderada afeta as economias de forma positiva e negativa. Os efeitos negativos incluem um aumento no custo de oportunidade de reter moeda, incerteza sobre a inflação futura que pode desencorajar o investimento e a poupança e, se a inflação for rápida o suficiente, a escassez de bens à medida que os consumidores começam a acumular com a preocupação de que os preços aumentem no futuro. Os efeitos positivos incluem a redução do desemprego devido à rigidez nominal dos salários, permitindo ao banco central maior liberdade na condução da política monetária, incentivando empréstimos e investimentos em vez de entesouramento de dinheiro e evitando as ineficiências associadas à deflação.

Hoje, a maioria dos economistas é a favor de uma taxa de inflação baixa e constante. A inflação baixa (em oposição a zero ou negativa) reduz a gravidade das recessões econômicas, permitindo que o mercado de trabalho se ajuste mais rapidamente em uma recessão e reduz o risco de que uma armadilha de liquidez impeça a política monetária de estabilizar a economia. A tarefa de manter a taxa de inflação baixa e estável geralmente é dada às autoridades monetárias. Geralmente, essas autoridades monetárias são os bancos centrais que controlam a política monetária através da fixação das taxas de juros, realizando operações de mercado aberto e (mais raramente) alterando os depósitos compulsórios dos bancos comerciais.

Consequências da inflação

A inflação gera incertezas importantes na economia, desestimulando o investimento e, assim, prejudicando o crescimento econômico. Os preços relativos ficam distorcidos, gerando várias ineficiências na economia. As pessoas e as firmas perdem noção dos preços relativos e, assim, fica difícil avaliar se algo está barato ou caro. A inflação afeta particularmente as camadas menos favorecidas da população, pois essas têm menos acesso a instrumentos financeiros para se defender da inflação.

Human Hand Drawing Graph On Chalkboard Showing Increasing Shopping Cart

Inflação mais alta também aumenta o custo da dívida pública, pois as taxas de juros da dívida pública têm de compensar não só o efeito da inflação mas também têm de incluir um prêmio de risco para compensar as incertezas associadas com a inflação mais alta.

O Banco Central trabalha para manter a inflação baixa – não para que os preços declinem. A perspectiva de que os valores cobrados sejam relativamente estáveis ao longo do tempo é importante para o planejamento de todos. Ao contrário do que possa parecer, preços em queda podem ser prejudiciais para o bom funcionamento da economia. Um comerciante poderá ter prejuízo se ganhar menos amanhã pelo estoque que fez hoje. As famílias e as empresas poderão adiar suas decisões de consumo e investimento se houver a perspectiva de que os preços serão mais baixos amanhã, deprimindo a atividade econômica.

A hiperinflação

A hiperinflação no Brasil durou entre a década de 1980 e 1990, com seu ápice em março de 1990, quando o índice de inflação atingiu 80% no mês. Após 7 planos econômicos a hiperinflação chegou ao fim em 1994. Uma hiperinflação é quando os preços sobem mais que 50% ao mês.

Semana que vem vamos falar de mais uma grande mente do ramo de finanças. Depois de Robert e Dave, lhes apresento Ray

Até lá, fique com esse video do Leandro Cabral do canal 500 pratas sobre as 5 formas de se proteger da inflação.

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