Não há nada mais pernicioso no ambiente corporativo do que os infelizes sentimentos de inveja.
Por outro lado, se a inveja está presente, este é um claro sinal de que ali há pessoas de valor, despertando emoções confusas em seus colegas de trabalho: em alguns, a admiração – sentimento positivo e construtivo -, e em outros, a inveja – altamente destrutiva, principalmente para quem a carrega dentro de si.
Quem admira o sucesso do outro sabe que também pode realizar muito e procura adotar seu modelo para aprender a ser bem-sucedido. Entretanto, quem inveja o êxito do outro, não percebe que tem potencial para vencer e, então, fica tomado por um sentimento de destruir o que o outro tem de melhor.
Acredito que não seja muito difícil perceber quem inveja quem no ambiente profissional porque o invejoso tem certos comportamentos padrões, embora também existam outros tipos de invejosos camuflados – os “lobos em pele de cordeiros”.
O invejoso mais fácil de ser identificado é aquele que despreza quem é o alvo de sua inveja, não apresenta o mínimo de interesse por sua vida, faz de tudo para ofuscar os talentos do outro e gosta de fazer comentários maldosos a seu respeito. Quando tem oportunidade, sem se dar conta, solta algumas “pistas” de sua inveja: “Ah, eu não sou tão inteligente quanto você…”, “Você é que é bom nisso…”, tentando disfarçar seu incômodo.
O maior perigo é que o invejoso – por acreditar que não consegue se igualar ou sermelhor do que o outro -, se tiver um caráter mau, ele é capaz de fazer de tudo para denegrir a imagem de quem ele inveja. Muitas vezes são atos inconscientes, mas há casos em que são bem conscientes, planejados e mal intencionados. São as armadilhas, as calúnias e os “puxões de tapetes”, ainda tão comuns no ambiente organizacional… Traições, decepções, desilusões – quanto estrago por causa da inveja!
A minha sugestão para todos aqueles que trabalham junto a outras pessoas, é que não se iludam em relação a elas, não confiem tanto naqueles que não conhecem tão bem assim, e evitem expor suas vidas. É melhor ser reservado e realizar o próprio trabalho, da melhor forma que puder. Entretanto, muito cuidado: não deixe de brilhar por medo da inveja alheia! Afinal, se o invejam é porque você está fazendo a diferença, porque você tem importância. Você já viu alguém invejar quem está nas piores situações?
Em minhas palestras e atendimentos, gosto de dar esta dica, primordial para sua sobrevivência em ambientes onde a inveja impera: Quando você detectar um invejoso em seu convívio, procure, de forma sincera, exaltar as qualidades dele. Quando possível, elogie um talento que ele tem e peça-o que lhe ensine alguma coisa que ele saiba fazer bem. Essa atitude, inteligente e humilde, tem o poder de, pouco a pouco, desarmar o invejoso, além de ser uma forma caridosa de incentivá-lo a descobrir seu próprio valor.
Portanto, sem medo da inveja alheia, ofereça o máximo de seu talento em tudo o que fizer e, com a consciência tranquila, não se esconda, porque o mundo precisa de pessoas como você, irradiando energias de sucesso, otimismo e competência, por onde passam.
Nada melhor do que um dia depois do outro para se encaixarem as peças deste grande “quebra-cabeça” que é a vida. E os invejosos que se controlem, porque como diz o ditado, “Aqui se planta, aqui se colhe!”