O conhecimento é uma arma poderosíssima que faz a diferença no perfil profissional e social.
Ele não está atrelado à estrutura hierarquia, cargos e posições e isso na maioria das vezes causa conflitos e desgastes entre pessoas /profissionais.
Que as organizações se caracterizam pela competição interna diária, temos total consciência disso, mas que a ética, postura e relacionamento interno é algo semelhante aos políticos do congresso nacional, é um fator extremamente preocupante.
No momento em que o mundo tenta se voltar para conceitos de sustentabilidade, onde não devemos destruir nosso planeta e que as empresas precisam se conscientizar criando e apoiando programas de responsabilidade social, me pergunto até onde vai à devastação do homem pelo próprio homem em prol de um cargo, poder e status?
Esta competição varia de acordo com o modelo de gestão aplicado ou com a situação ambiental.
Sabemos que existem várias formas de liderança e já escrevi no texto “Manda quem pode, obedece quem tem Juízo”. Não quero voltar a este foco, mas são interessantes situações onde o CONHECIMENTO, que deveria ser uma arma poderosa é encarado como risco, incômodo, medo e competição.
A definição clássica de conhecimento, originada por Platão, diz que o Conhecimento consiste de crença verdadeira e justificada. Aristóteles divide o conhecimento em três áreas: científica,prática e técnica.
O conhecimento se expande em várias categorias: intelectual, popular, científico, técnico, sensorial, filosófico, teológico, vivencial, experimental, intuitivo, apreendido, adquirido e muitas outras formas.
No dia a dia o conhecimento navega entre crenças e verdades, estando contido nesta equação e se justificando também.
No mundo Corporativo, a crença e verdades são colocadas a toda hora em discussão.
De acordo com a cultura organizacional predominante a crença pode ser justificada, mas nem sempre é uma verdade, ou a verdade pode ser justificada, mas nem sempre é originária de algum conhecimento.
Na verdade, o conhecimento incomoda algumas pessoas, pois ele é uma vantagem competitiva que faz com que, quem o tem se destaque, por mais que não surjam oportunidades.
Eu conheço alguns episódios onde profissionais desenvolvem trabalhos muito bem feitos, com propósitos positivos e que estes são usados, apresentados e implementados por outros.
O mais interessante, é que na verdade a maioria das vezes ocorre em situações hierarquias diferentes, onde o criador da idéia é subordinado à criatura.
A criatura geralmente possui capacidade de usar, utilizar e vender a idéia do criador de forma tão bem elaborada que chega a se promover.
O único problema é que de cada 10 projetos feitos por pessoas com alto conhecimento, menos de 20% são implementados corretamente com sucesso nas organizações.
E Isso ocorre por quê? Por que quem geralmente se torna dono da idéia, não é quem cria a idéia.
A competição diária no trabalho possui a característica individualista. É um funil, onde o espaço a ocupar e manter é dificílimo.
Conquistar o espaço nas empresas somente através do conhecimento é praticamente impossível. É necessário ter muitas habilidades além das funcionais e as políticas relacionais muitas vezes dominam o ambiente empresarial.
Hoje muitos dos gestores que conhecemos possuem perfil astuto, político e relacional. Isso torna o ambiente corporativo algo semelhante a um plenário e se dá bem que tem a maior capacidade de conseguir coligações e de se relacionar…
CONHECIMENTO é o ato ou a atividade de conhecer atrelada a arte de se relacionar. Quanto maior a capacidade de identificar os nossos sentimentos e dos outros, de nos motivar e gerir bem nossas emoções e relacionamentos, maior o coeficiente de inteligência emocional, que gera o QI social e por conseqüência as relações e forma o perfil de como você é visto no ambiente.
Temos que ficar então muito atentos a duas palavras chaves:
CONHECER + RELACIONAMENTO = CONHECIMENTO
Será uma simples coincidência, ou uma não existe sem a outra?
Um abraço,
Yeda Matta Brandi