É realmente preocupante ver tantos jovens e adultos (e até crianças, infelizmente) “perdidos” em horas vazias nas redes sociais, preocupados em aparecer e parecer moderninhos, em vídeos que, a meu ver, expõem as pessoas ao ridículo.
Não acredito que este comportamento seja desencadeado por pressão social, mas sim, por uma eterna busca de admiração e aprovação (neste caso, de “likes”), o que demonstra falta de autoestima e autoconfiança.
São pessoas que precisam se exibir, de um jeito ou de outro, para se sentir integradas e aceitas nas redes sociais. Tudo a ver com esse ditado: “Falem mal, mas falem de mim…”.
Vejo isso também como uma forma de camuflar os sentimentos tóxicos que fazem parte de suas vidas.
Quando feito em brincadeira com amigos e filhos, sem exageros, não é nocivo. Mas quando a pessoa precisa desta exposição para se sentir pertencente a esse mundo digital, perdendo até a noção do ridículo, aí já deixa de ser um comportamento normal. Chega a ser viciante, e aí mora o perigo!
É preciso que as pessoas saiam da superficialidade que as redes sociais tanto alimentam, e aprofundem em conteúdos que lhes tragam autoconhecimento, resgate de sua autoestima, melhora nos seus relacionamentos e o aprimoramento da fé.
Cabe aos pais dar o exemplo e aos jovens desenvolver o bom senso para discernir o que é construtivo do que é vazio e que não acrescenta nada em suas vidas. Bom senso!
Os pais precisam colocar limites aos filhos em relação à sua exposição à Internet, principalmente estas novas redes sociais que estão fazendo as pessoas parecerem “macacos de circo”, em suas imitações.
E o mais triste é que muitas crianças estão expostas a conteúdo impróprio para suas faixas etárias, e alguns pais nem se dão conta disso.
Dias atrás, eu soube de um menino, de 4 anos, tirando a calça para os coleguinhas, na escola, e a avó contou que ele aprendeu isso no TikTok, e que se deixarem, ele fica o dia todo conectado nessa rede social, sem limite algum. Se os pais tentam tirar o celular do filho, ele chora sem parar, como em crise de abstinência.
Deixo aqui, então, um conselho para pais de crianças e adolescentes, que vai facilitar este controle tão necessário: confisquem os celulares, computadores e tablets de seus filhos, quando eles forem dormir, e os esconda muito bem.
Pesquisa recente mostrou que mais de 90% dos adolescentes não dormem o suficiente (eles precisam dormir de 8 a 10 horas por noite), e, a meu ver, um dos motivos é o uso destes aparelhos, horas a fio, conectados em redes sociais, sem que seus pais percebam o perigo a que seus filhos estão expostos.
Além disso, estudos confirmam que dormir pouco é um fator que pode causar depressão nos jovens.
Portanto, em nome do amor que você tem pelo seu filho, coloque limite, fique atento e seja firme!
(Eliana Barbosa é psicoterapeuta, life coach, autora de vários livros no campo do autodesenvolvimento e palestrante motivacional – https://linktr.ee/elianabarbosapsicoterapeuta )