WASHINGTON (BDCi) — A secretária de Estado, Hillary Clinton, afirmou nesta sexta-feira (24) que a comunidade internacional deve se unir para que Rússia e China mudem sua posição sobre as sanções contra o regime sírio. “Esses dois países precisam compreender que estão contrariando não apenas as aspirações do povo sírio, mas de toda a ‘primavera árabe’”.
Clinton destacou que quanto antes China e Rússia decidirem apoiar as ações do Conselho de Segurança da ONU, mais cedo virá uma resolução que permita as medidas necessárias contra o regime do presidente Bashar al Assad. A secretária qualificou de lamentável dois membros do Conselho de Segurança utilizando seu poder de veto quando dezenas de mulheres, crianças e jovens estão sendo assassinados diariamente”.
Hillary Clinton advertiu que Assad “pagará um alto preço” por ignorar a comunidade internacional ao reprimir violentamente a oposição, e que é preciso aumentar a pressão sobre o regime sírio e aprofundar seu isolamento. Ela pediu um aumento das proibições de viagens aos altos responsáveis do regime, congelamento de seus bens, boicote ao petróleo sírio, suspensão de qualquer novo investimento e até o fechamento das embaixadas e consulados.
Clinton anunciou uma ajuda emergencial de 10 milhões de dólares. “Não podemos esperar que esta catástrofe seja ainda maior para ampliar os esforços humanitários, incluindo o apoio aos refugiados”, disse. A ajuda consistirá em equipes médicas e de emergência, água potável, alimentos, cobertores, aquecedores e material de higiene pessoal. Esto não é tudo, os Estados Unidos oferecerão mais ajuda humanitária nos próximos dias”, concluiu
A cidade de Homs, no centro da Síria, é o atual reduto da oposição e desde o começo de fevereiro se tornou o maior alvo de ataques das tropas fiéis ao presidente al-Assad. Segundo a ONG Observatório Sírio dos Direitos Humanos, 7.600 pessoas, a maioria civis, morreram nos últimos 11 meses de confrontos no país.
Por: Josi Chevalier Fonte: AFP/EFE
Foto: Reuters/AFP
24 de Fevereiro de 2012
11:09 pm PT