Do G1
As autoridades do estado de Washington, na Costa Oeste dos Estados Unidos, estão investigando se um pequeno barco encontrado no litoral da cidade de Ocean Shores, na segunda-feira (28), chegou ao local cruzando o Oceano Pacífico após o tsunami que atingiu o Japão em março de 2011.
O barco foi recolhido e será testado para saber se não carrega espécies invasivas ao ecossistema local.
Uma grande quantidade de objetos de todo tipo chegou à Costa Oeste dos EUA após ter sido arrastada pelo tsunami e atravessar o Pacífico. Muitos itens também foram encontrados no Alasca.
No Canadá, dezenas de voluntários estão sendo organizados para recolher os destroços da tragédia que ainda estão chegando às praias a mais de 6 mil quilômetros de distância.
Segundo especialistas, até 1,5 milhão de toneladas de uma ampla variedade de detritos – de restos de construções a veículos danificados, lixo doméstico e industrial – foram varridos pelas ondas gigantes que atingiram a costa do Japão em 2011 e devem chegar mais cedo ou mais tarde às praias da América do Norte.
Um dos maiores receios dos canadenses é que, em meio a esses escombros, a costa do país também receba substâncias químicas e tóxicas – uma vez que muitas das áreas atingidas pela tragédia concentravam indústrias.
Por isso, um comitê nacional foi organizado pelo governo canadense para avaliar como o país deve lidar com o problema dos escombros japoneses em suas praias.
“Muitas áreas industriais foram atingidas (pelo tsunami), então estamos preocupados com a chegada de produtos químicos e contêineres com material tóxico”, disse Renee Wissink, um dos integrantes desse comitê, à repórter Brandy Yanchy, da BBC.
Entre os artigos trazidos pelo mar estão uma bola de futebol, capacetes de operários e uma moto Harley Davidson com placa japonesa – encontrada em uma praia em British Columbia e que agora está em exposição em um museu.
O biólogo e artista plástico canadense Peter Clarkson está colecionando os objetos que recolhe nas zonas costeiras do país e transformando os destroços em arte.
Segundo ele, a ideia é incorporar tais peças de arte em um pequeno “jardim japonês”, no qual os visitantes poderiam refletir sobre a tragédia ocorrida no país.