Do Uol
Dois satélites japoneses serão lançados nesta sexta-feira (20) ao espaço para acompanhar o impacto que os acidentes nucleares de Fukushima e de Chernobyl tiveram no meio ambiente.
Os dois satélites, desenvolvidos pela Universidade de Kioto, serão lançados em um foguete ucraniano Dnepr de um centro espacial da Rússia, na região dos montes Urais.
Os dispositivos farão fotos regularmente das duas usinas nucleares e de seus arredores e receberão dados de instrumentos instalados perto das plantas, explicaram os responsáveis do projeto à agência “Kyodo”.
Japoneses lembram 3º aniversário de tsunami que atingiu Fukushima
9.mar.204 – Japoneses acendem velas de papel para homenagear vítimas do tsunami que atingiu a província de Fukushima, Iwaki, Japão, em 2011. A catástrofe completa três anos no dia 11 de março. Um terremoto de 7,1 graus na escala Richter atingiu a região, danificando um reator nuclear da cidade. A empresa responsável pela operação da usina, Tokyo Electric Power (Tepco), informou que as amostras de água coletadas na central em julho de 2013 continham um nível recorde de radioatividade, cinco vezes maior que o detectado originalmente Leia mais Kimimasa Mayama/Reuters
Além disso, farão um acompanhamento do nível dos rios para prevenir inundações e essa informação será enviada a um total de 22 países, incluindo Japão, Vietnã, Tailândia e Bangladesh.
A universidade pública de Kioto criou os satélites com um orçamento de menos de 300 milhões de ienes (R$ 6,55 milhões) por cada um e, segundo seus dirigentes, são um passo fundamental para os esforços do Japão de realizar seu programa espacial com baixo custo.
Trata-se dos satélites Hodoyoshi-3, de 50 por 70 centímetros e 56,5 quilogramas, e Hodoyoshi-4, um tamanho ligeiramente maior e um peso de 63,7 quilogramas.
O foguete ucraniano Dnepr, de 34,3 metros de altura e 3 metros de diâmetro, foi fabricado originariamente como um míssil balístico chamado SS-18 e reutilizado como veículo espacial.
O lançamento desse projeto entre Ucrânia e Japão estava planejado para o ano passado, mas precisou ser atrasado, embora seus responsáveis neguem que tenha sido pelas tensões entre Kiev e Moscou.
A usina nuclear de Fukushima Daiichi ficou gravemente danificada por um terremoto e tsunami em março de 2011, causando a pior crise atômica da história após o acidente da usina ucraniana de Chernobyl em 1986.