LOS ANGELES, CA (BDCi NEWS) – Em ano de corrida eleitoral o governador da Califórnia, Gavin Newsom, anunciou em um discurso na última terça-feira (8) que propôs um desconto de impostos devido ao crescente aumento de preços da gasolina.
O Estado Laranja tem o preço mais alto de combustível em todo o território norte-americano, com US$ 5,44, de acordo com a AAA. Apesar do anúncio de desconto nos impostos, Newson não ofereceu detalhes de como irá funcionar, nem quando entrará em vigor. O que se sabe é que ele trabalhará com líderes legislativos “para colocar dinheiro de volta nos bolsos dos californianos para lidar com o aumento dos preços do gás.”
Em seu comunicado, o atual governador deixou claro que não irá aprovar a perfuração de mais petróleo na região.
“Perfurar ainda mais petróleo só leva a condições climáticas ainda mais extremas, secas mais extremas, mais incêndios florestais. […] Precisamos lutar contra os poluidores, não apoiá-los”, disse Newsom. “E no processo de fazê-lo, libertando-nos de uma vez por todas das garras dos petro-ditadores.”
Como a Califórnia é um dos estados mais ricos em petróleo dos Estados Unidos, os republicanos veem o aumento dos preços como uma carta para o ano eleitoral. Do outro lado, Newson, vem pressionando para afastar a Califórnia, famosa por sua cultura automobilística, do motor de combustão interna.
Um exemplo dessa ideia é o pedido de proibição da venda de novos carros movidos a gás até 2035 e suspenda todas as perfurações de petróleo no estado até 2045, uma medida que alguns republicanos argumentam que só aumentará a dependência do estado do petróleo estrangeiro.
Newson venceu as últimas eleições com folga. Mas o momento era outro: na época, a principal questão a ser resolvida era a pandemia do Coronavírus. Em seu discurso, o democrata elogiou o progresso de seu governo em questões de sem-teto, economia, educação e mudanças climáticas em um discurso para legisladores reunidos em um auditório. Agora, com o número de casos e de hospitalizações por Covid-19 caindo, as maiores preocupações são a guerra entre a Ucrânia e a Rússia e o aumento dos preços de gasolina – e a dependência americana do gás produzido pela antiga União Soviética.