PARIS (BDCi) – Uma equipe de buscas francesa resgatou todos os corpos recuperáveis que estavam junto aos destroços do avião da Air France que caiu no oceano Atlântico durante voo Rio-Paris em 2009, informaram familiares das vítimas nesta terça-feira (07).
Um representante oficial das famílias disse que os corpos de 104 vítimas foram recuperados e que agora o navio de resgate retorna à França para tentar identificá-los.
Com essa decisão, 74 corpos ficarão definitivamente no fundo do mar, segundo as autoridades francesas. A operação de resgate dos restos mortais, iniciada em maio, foi encerrada na última sexta-feira.
O mesmo robô utilizado para recuperar os corpos, situados a 3,9 mil metros de profundidade, depositou no fundo do oceano, na área dos destroços, uma placa com a inscrição “em memória às vítimas do acidente com o voo AF 447”, escrita em português, francês e inglês.
Philippe Vinogradoff, autoridade apontada pelo governo francês para tratar com as famílias das vítimas, disse que o último corpo foi resgatado no dia 3 de junho.
“Todos os corpos que eram possíveis de serem resgatados, foram trazidos para a superfície”, disse Vinogradoff em comunicado, acrescentando que a equipe de buscas preparou uma placa em homenagem às vítimas que foi deixada no fundo do mar junto aos destroços do avião.
Todas as 228 pessoas a bordo do avião morreram no acidente. Nos primeiros dias após a queda, equipes de resgate do Brasil e da França recuperaram 50 corpos no mar, mas a maior parte do avião só foi encontrada este ano após buscas intensas.
Também foram encontradas em maio as caixas-pretas da aeronave, que revelaram que o avião ficou fora de controle por quatro minutos antes de cair no mar. Os dados levantaram questionamentos sobre a atuação da tripulação durante a emergência.
As caixas-pretas revelaram que o piloto do Airbus A330 não estava na cabine, e que um co-piloto menos experiente, de 32 anos, levantou o nariz quando a aeronave ficou instável, gerando um alarme de pane.
A equipe francesa responsável pela operação de resgate acredita que todos os corpos podem ser identificados, apesar de terem passado quase dois anos submersos.
By: Adrianna Lobo Source: Reuters
June 7th, 2011