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LOS ANGELES, CA (BDCINEWS) — Aproximadamente 100 manifestantes, incluindo funcionários da Netflix e apoiadores da comunidade transgênero, protestaram em frente aos escritórios da empresa em Los Angeles na última quarta-feira (20) sobre a exibição de um especial de comédia de Dave Chappelle, que eles dizem ser transfóbico.
“O que os comediantes dizem em um show de comédia importa e tem consequências para o mundo real”, disse Bridget Sampson, mãe de uma menina transgênero. O especial “The Closer” ocorre durante um ano histórico para a legislação anti-transgênero, introduzida em pelo menos 33 estados, e menos de um ano depois que um número recorde de pessoas trans, a maioria delas mulheres de cor, foram mortas. Os funcionários e organizadores da Netflix, que se autodenominam Team Trans, estão pedindo mais indivíduos trans e não binários em posições de nível executivo na empresa e querem que a empresa crie um fundo para apoiar talentos trans e não binários. O co-CEO da Netflix, Ted Sarandos, não falou sobre a manifestação, mas disse à Variety em uma entrevista publicada na terça-feira (19), que ele “estragou tudo” quando se tratou de como lidou com as críticas ao especial. “Eu estraguei aquela comunicação interna”, disse Sarandos à publicação. “Eu deveria ter liderado com muito mais humanidade. Ou seja, eu tinha um grupo de funcionários que estava definitivamente sentindo dor e mágoa por uma decisão que tomamos.”
Depois que o especial de Chapelle estreou na Netflix em 5 de outubro, Sarandos reconheceu a linguagem provocativa do humorista em e-mails para a equipe obtidos pela Variety, mas defendeu o compromisso da plataforma com a liberdade artística e disse que o especial não ultrapassou os limites para incitar a violência. “Temos uma forte convicção de que o conteúdo na tela não se traduz em danos no mundo real”, escreveu Sarandos.