Los Angeles, CA (BDCi) – Um recente surto de sarampo nos Estados Unidos levanta um alerta sobre a negligência na vacinação para esta e outras doenças. Desde o final de dezembro do ano passado já foram registrados pelo menos 78 casos.
As autoridades de saúde da Califórnia disseram que cerca de 90% dos casos das infecções são do estado. Destes, cerca de 48 casos estão diretamente ligados às visitas aos parques da Disney ou contato com alguém que foi para lá. Mais outros estados estão na lista, como Colorado, Utah e Washington.
Segundo a pediatra brasileira Dra. Ana Virginia Kato, do White Memorial Pediatric Medical Group de Los Angeles, os primeiro sintomas do vírus são: febre, tosse, nariz irritado e erupções na pele. O sarampo é o vírus mais contagioso das chamadas doenças infantis. A médica diz que as chances de contrair o vírus é maior em crianças que não foram vacinadas ou que só receberam a primeira dose.
Não existe uma lei federal que obrigue à vacinação nos EUA, mas todos os 50 estados exigem as principais vacinas — caxumba, sarampo, rubéola, difteria, coqueluche, tétano e poliomielite — para a matrícula em escolas públicas. Há exceções, mas geralmente os pais são responsabilizados no caso de contaminação de outros indivíduos além de seus filhos. Já no Brasil, a vacinação não é obrigatória, mas o país consegue ter uma cobertura que supera os 95% da população. Mesmo assim, não raro surgem grupos nos EUA e aqui que evitam vacinar seus familiares por receio das reações adversas.
O sarampo é uma doença altamente contagiosa, transmitida por via aérea. Embora exista uma vacina comumente aplicada em crianças na maioria dos países, o receio de determinados movimentos antivacina e de algumas famílias continua a confrontar evidências científicas e a levá-los a se esquivar deste e de outros imunizantes.