LOS ANGELES, CA (BDCi) — Fotos das crianças e vídeos dos pequenos atraem um bom público na Internet. Muitas mamães orgulhosas começam a publicar suas fotos até mesmo depois do parto. Outras compartilham o dia a dia da sua rotina com os filhos, muitas vezes em perfis da internet abertos a milhões de pessoas que seguem os papais corujas nas redes sociais.
Os pais brasileiros são os que mais utilizam a internet, segundo estatísticas de pesquisa. Em 2014, 81% dos pais ouvidos em 10 países publicam fotos dos filhos na internet. No Brasil, o índice sobe para 94%. Como se não bastasse, 14% dos pais brasileiros disseram ter conta de e-mail para seus filhos (a média foi 8%) e 12% das mães admitiram ter criado perfis em redes sociais para os pequenos, percentual acima da média de 6%.
A exposição virtual excessiva das crianças pode causar prejuízos à elas, sobretudo quando as colocam em situações constrangedoras. Recentemente houve um vídeo de uma menina com cerca de 3 anos de idade afirmando querer um marido. A gravação mostra a mãe perguntando à criança por que ela está chorando e a menina responde que “quer um marido para não ficar para trás”. Na filmagem, é possível ouvir a mãe rindo, enquanto a criança chora. Ao final, a menina pede à mãe que não a filme mais.
Este vídeo teve mais de 104 mil visualizações e comentários de pessoas que não gostaram da situação. “Muito fofa, muito linda, porém, é um erro a mãe permitir a exposicão da criança, que está só de calcinha. Isso é um prato cheio para pedófilos. Essa é a geração de pais que fica atrás das câmeras expondo os filhos em situações engraçadinhas. Fiquei com dó da menina. Entre outros comentários desaprovando a ação da mãe.
Efeitos da exposição das crianças
Isso vai depender de uma série de fatores, inclusive se o episódio repercute de alguma maneira na vida da criança depois que ela cresce e se a criança em questão sente que houve uma violação da sua privacidade ou ainda, se ela sofre algum tipo de bullying por conta da foto ou vídeo divulgado, é possível que ocorra uma certa fobia social.
Os pais não podem esquecer que o espaço virtual é ilimitado. O que pode parecer apenas uma brincadeira ou piada entre os familiares pode ter um outro sentido no meio virtual e gerar uma repercussão negativa. A criança pode ficar vulnerável a comentários maldosos, grosseiros e ser alvo de cyberbullying”, alerta. Nesse tipo de violência, há sempre três personagens fundamentais: o agressor, a vítima e a platéia.
Atraindo pedófilos
Muitas fotos e vídeos das crianças na internet também pode atrair pessoas mal intencionadas e até mesmo pedófilos. Nunca se sabe quem está por trás da tela. Os pais podem utilizar a configuração de privacidade e filtrar as publicações para o menor público possível.
A fotógrafa de crianças Renata Marques sempre fica esperta a perfis suspeitos na página de sua filha Sophia, de 6 anos. A menina é modelo e já alcançou mais de 3.300 seguidores no Instagram.
“O perfil dela é aberto e sempre observo quem são as pessoas que a seguem e curtem as fotos que publicamos. Quando visualizo a página de um seguidor que é, por exemplo, um homem mais velho, sem filhos, sem fotos de família ou que não tem nenhum tipo de relação com o mundo da moda, bloqueio”, explica.
Tenha sempre em mente que a internet é um meio nenhum pouco seguro. Não poste foto dos seus filhos:
- com uniforme escolar pois bandidos podem atraí-los na escola
- no banho, na piscina, nus ou não, pois atraem pedófilos
- em fotos marcadas por você em locais como Parques, Restaurantes, etc
- beijando seu filho na boca pois infelizmente isso também atrai maníacos
- em situações constrangedoras pois pode ferir a estima do seu filho
- fazendo caretas ou coisas engraçadas pois podem viralizar como meme.
Cuide da privacidade do seu filho e da sua família!
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