LOS ANGELES, CA (BDCi NEWS) – No início do mês de janeiro foi anunciada uma proposta de lei que permitiria um sistema universal de saúde na Califórnia. O prazo para votação era até meia noite da última segunda-feira (31). Entretanto, a lei nunca chegou a ser votada.
Os democratas californianos perceberam que não iriam conseguir apoio suficiente para tornar o projeto em lei efetiva. Devido à intensa pressão de grupos empresariais e do setor de seguros em ano de eleição, Ash Kalra, deputada e autora da lei, decidiu postergar a decisão.
“Ficou claro que não tínhamos os votos necessários para a aprovação, e decidi que o melhor curso de ação é não colocar a AB 1400 em votação hoje”, disse Kalra.
O que foi muito debatido entre os políticos é que o projeto, apesar de explicitar como funcionaria um sistema universal de saúde, não citava quais seriam os gastos do governo, ou como seria pago. Segundo as informações divulgadas, seria necessário impor novos impostos a empresas e indivíduos.
Foi feito um estudo, também, que mostrou que os gastos em 2017, quando ela foi desenvolvida incialmente, seria de US$ 331 bilhões. Hoje, ajustando a inflação, o valor equivale a cerca de US$ 356 bilhões. Se comparado aos gastos com escolas públicas, tribunais, estradas, pontes e outros serviços o valor é muito mais alto – nesse orçamento operacional total da Califórnia, o valor foi de aproximados US$ 262 bilhões no último ano.
A Associação de Enfermeiros da Califórnia apoia a legislação há anos e condenou a desistência da convocação de votação para o projeto de lei. De acordo com eles, o projeto ofereceria “cobertura para aqueles que teriam sido forçados a registrar sua posição com garantia de saúde para todas as pessoas na Califórnia.”