WASHINGTON — A inserção feminina no mercado de trabalho foi fundamental para a redução das desigualdades sociais e da pobreza no Brasil e na América Latina. Esta é uma das conclusões do estudo “The Effect of Women’s Economic Power in Latin American and the Caribbean”, lançado recentemente pelo Banco Mundial.
Em entrevista exclusiva para o Jornal do Brasil, o economista-sênior da Unidade de Pobreza, Gênero e Equidade do banco, João Pedro Azevedo, mostra que a entrada e permanência cada vez maior das mulheres no mercado de trabalho têm gerado grandes benefícios sociais para os países em desenvolvimento. “Elas ainda tiveram uma contribuição fundamental durante a última crise, ajudando a ‘blindar’ as famílias mais vulneráveis com sua renda”, afirma.
Segundo ele, avanços na equiparação de direitos têm sido feitos em todo o continente. O Brasil se destaca principalmente pelo “esforço” em promover legislações de proteção às mulheres mais pobres, como a Lei Maria da Penha e os programas de transferência de renda, como o Bolsa Família. “Apesar do salário ser o mais importante, estes programas alcançam, de maneira eficiente, aquela camada da população muito pobre, em que a renda feminina é extremamente importante”, analisa.
Apesar dos avanços, Azevedo lembra que ainda há “um longo caminho a ser percorrido” e que os desafios são grandes. “Diferentemente da educação ou saúde, que são problemas pontuais, o combate a desigualdade de gêneros é multissetorial, pois atinge diversos segmentos da sociedade. O que torna o desafio ainda maior”, constata.
Ser mulher na América é estar no meio termo entre os estilos de vida dos outros continentes. Na América do Norte onde se encontram países desenvolvidos as mulheres têm melhores condições de vida, educação elevada, melhores oportunidades profissionais etc. Porém na América Latina as mulheres ainda estão em processo de evolução nessas áreas e muitas sofrem violência sexual.
Nos EUA as mulheres são ambiciosas trabalham muito, e a maioria possui seu próprio carro, elas não gostam de depender dos homens, são mais voltadas para a carreira do que para a família.
No Canadá as mulheres são responsáveis por 45% da mão de obra no país e somam 30% dos negócios autônomos, o Canadá também está comprometido com a Convenção das Nações Unidas para eliminação de todas as formas de discriminação contra as mulheres. Fonte Jornal do Brasil 22 de outubro de 2012
9:44 a.m. PST