Paulinho não vive um momento brilhante na Inglaterra. Com apenas 21 jogos em sete meses de Tottenham, o volante não é o dono da posição no time, como se esperava que fosse quando chegou na Europa. Em sua segunda experiência no Velho Continente, o atleta se considera completamente adaptado, mas desconfortável com a situação que vive no elenco.
Desde quando voltou do amistoso contra a África do Sul pela Seleção Brasileira, Paulinho não é mais titular absoluto no Tottenham. A volta à Inglaterra aconteceu exatamente quando houve uma mudança de comando no time. André Vilas-Boas, que pediu a contratação do volante, foi trocado por Tim Sherwood. O novo treinador não tem utilizado o brasileiro com frequência. Nos três últimos jogos dos Spurs, o jogador não atuou em dois e entrou no segundo tempo em um.
– Eu quero estar jogando sempre. Eu entendo a rotatividade no elenco porque é a forma que funciona aqui, mas eu não me sinto bem, não estou confortável. Quero estar sempre presente, quero sempre jogar.
Esta é a segunda passagem de Paulinho por um clube europeu. Antes do Corinthians, ele jogou pelo Lodz, da Polônia. Naquela ocasião não se adaptou ao frio de -20ºC e sofreu com problemas de racismo. Agora, o volante vê tudo de forma diferente, se diz acostumado, apesar de não saber se comunicar tão bem em inglês – nas entrevistas que deu para a mídia local, em evento de um dos patrocinadores da seleção brasileira, contou com a ajuda de uma intérprete.
– A língua é o mais complicado porque eu sou muito preguiçoso com essa história de estudar, de professor… Estou aprendendo aos poucos, no dia a dia, ainda não entendo tudo. Mas a linguagem do futebol é mais fácil, isso não é um problema para mim dentro do campo – explicou.
A situação atual do volante não deve comprometer sua convocação para a Copa do Mundo. Pelo discurso de Carlos Alberto Parreira, que veio a Europa para observar os principais atletas brasileiros na reta final da Liga dos Campeões, Felipão conta com a presença do volante no elenco que tenta o hexacampeonato.
– Conversei com o Paulinho por duas horas. Ele foi um jogador importantíssimo para a gente na conquista da Copa das Confederações, até fazendo o gol que nos colocou na final (de cabeça, contra o Uruguai). Pedi para que ele mantenha o nível de atuação que vem tendo na seleção brasileira – completou Parreira.
Fonte: G1