BRASIL (BDCi) –Imagine como seria dançar sem o uso dos seus olhos. É isso que as dançarinas da Associação Bianchini fazem.
A organização é a única companhia brasileira de balé para deficientes visuais e o processo de aprendizagem pode ser uma tarefa lenta e difícil.
“A maior dificuldade é ensinar o movimento dos braços,” disse a instrutora Fernanda Bianchini para o AFP (Associação Estrangeira de Imprensa), acrescentando que isso se explica porque algumas das bailarinas nunca viram esses movimentos antes.
“É mais fácil mostrar a posição das pernas devido à firmeza natural dos membros inferiores,” explica Bianchini.
“Tentamos associar cada passo a algo concreto,” disse ela. A instrutora pede às bailarinas que usem a imaginação ao se movimentar, lembrando da ação de abraçar uma árvore e do uso de folhas de palmeira para exemplificar o movimento de braços e mãos.
As bailarinas afirmam que os movimentos são desafiadores, apesar disso a deficiência visual não as impede de aperfeiçoar as práticas.
“Amo dançar. Isso é a minha vida. Quero me profissionalizar,” declarou Giselle Aparecida Camillo, 32, que cegou aos 16 anos devido a um glaucoma.
Atualmente a companhia de bale está trabalhando duro na preparação da performance de Don Pasquale que será apresentada no Encontro Nacional de Dança, em São Paulo.
Subsídios da fundação e a venda de ingressos ajudam a manter o sucesso da campainha.
Traduzido por: Ana Paula Silvani Versão em Inglês: Kristyn Fryrear Fonte: Associated Foreign Press 05 de Setembro de 2011
11:00 p.m. (PDT)