Muitas são as pessoas que, ainda hoje, apesar de tanta inteligência e potencial para o sucesso, não conseguem se destacar na vida profissional e nem serem felizes em seus relacionamentos. Provavelmente você conhece indivíduos que são esforçados ao extremo, estudiosos, mas que se consideram “sem sorte” porque nada que empreendem dá certo. Eles querem vencer e se sentir realizados, mas sempre ficam com a sensação de que falta alguma coisa nessa trilha da vitória.
O primeiro passo para se resolver essa questão é o autoconhecimento, o olhar pra dentro de si, conscientizando-se de que a tão almejada transformação interior só é possível quando se decide mudar a postura diante das adversidades, do fracasso e das perdas, no sentido de desenvolver o autocontrole –habilidade que nos permite gerenciar emoções, desejos e reações, mantendo o foco em objetivos relevantes, e de persistir, mesmo em situações mais problemáticas. Autocontrole é uma das mais fortes características da inteligência emocional.
Esse preparo para enfrentar problemas ou mesmo as derrotas, e acatar os “nãos” que a vida oferece, é uma competência que vem sendo bastante estudada em vários países. Neurocientistas e psicólogos têm descoberto que as crianças que, ao longo de sua educação, aprenderam a lidar com perdas e frustrações, sem negativismo e autopiedade, apresentaram um melhor rendimento escolar, afastaram-se dos vícios, conseguiram poupar dinheiro, e tornaram-se adultos mais felizes e bem sucedidos. Nesse estímulo para o desenvolvimento de suas personalidades, foi ensinado a elas a importância de se combater o sentimento de urgência, compreendendo que mais vale uma recompensa maior no futuro do que uma recompensa menor disponível no presente.
Não obstante a habilidade de controlar impulsos decorra, em parte, de nossa herança genética, é importante saber que há também influência do ambiente, ou seja, da família e escola. Por isso, com o objetivo de desenvolver o autocontrole de seus alunos e estimulá-los a encontrar soluções para desafios, no mundo todo tem aumentado o número de escolas que criam jogos cujo prêmio depende da habilidade em lidar com a frustração, fazer escolhas melhores e adiar decisões, quando necessário.
Por isso, para que pais e educadores consigam realizar suas missões com louvor, é importante que estejam prontos para preparar crianças e jovens para as naturais dificuldades da vida. Como diz o psiquiatra e escritor Augusto Cury, “Bons jovens se preparam para o sucesso. Jovens brilhantes se preparam para as derrotas. Eles sabem que a vida é um contrato de risco e que não há caminhos sem acidentes”.
E lembre-se: nunca é tarde para mudar, adquirir novas habilidades, e ser feliz e bem-sucedido. Basta afastar de sua mente a idéia da perfeição e fazer de cada fracasso vivido uma experiência de motivação e aprendizado.
*Eliana Barbosa é Consultora em Desenvolvimento Humano, articulista de jornais e de revistas de circulação nacional e internacional, autora dos livros “ACORDANDO PARA A VIDA – Lições para sua transformação Interior”, “O ENIGMA DA BOTA – Enfrentando a sucessão empresarial com equilíbrio e sabedoria” e “CARA A CARA COM ALGUÉM MUITO ESPECIAL –
Histórias e lições inspiradoras para você se conhecer… e vencer!” (Novo Século Editora), produtora e apresentadora de programas motivacionais em TV e rádio, e ministra palestras e cursos transformacionais sobre desenvolvimento pessoal e profissional, por todo o país.
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