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Greve do serviço funerário causa revolta no Brasil

SÃO PAULO, BRASIL (BDCi) — A greve dos funcionários do Serviço Funerário de São Paulo, iniciada na manhã desta terça-feira, já afeta a realização de enterros e velórios nos cemitérios da capital paulista. O serviço faz o transporte dos corpos de hospitais e IML (Instituto Médico Legal) para os velórios. Nas 12 agências credenciadas pela prefeitura, funcionários disseram que a adesão à greve atinge motoristas, atendentes e sepultadores (veja abaixo). De acordo com a Folha de São Paulo Famílias reclamam que os corpos de parentes não estão sendo transportados, e por isso não conseguem iniciar o velório. Em alguns cemitérios, velórios iniciados ontem, que deveriam ter enterro hoje, ainda não foram realizados. Em outros casos, como nos cemitérios da Saudade e Vila Formosa (zona leste), funcionários da limpeza fizeram os enterros. De acordo com o Sindsep (Sindicato dos Trabalhadores na Administração Pública e Autarquias no Município de São Paulo), que representa os servidores, eles reivindicam aumento salarial de 39,79%, estender gratificações a todos os funcionários, plano de carreira e melhores condições de trabalho. Os funcionários Serviço Funerário dizem estar sem reajuste real há mais de 20 anos. De acordo com a presidente do Sindsep, Irene Batista de Paula, a prefeitura tem dado aumento de 0,01% nos últimos anos –índice menor que a inflação. A prefeitura afirma manter “um canal permanentemente aberto às negociações com os servidores” e que, desde 2005, concede “gratificações que visam valorizar o desempenho e a produtividade”. Na sexta-feira (17) afirma ter enviado projeto de lei à Câmara estendendo a Gratificação de Atividade a todos os servidores ativos de níveis básico e médio do Serviço Funerário.

De acordo com dados da Secretaria de Planejamento, o Serviço Funerário Municipal tem 1.366 servidores ativos.

Por Janete Weinstein Fonte: Folha de São Paulo

21 de junho de 2011

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