Los Angeles, CA (BDCi) – A falta de atividades físicas pode matar mais do que a obesidade. A conclusão é de um estudo feito por pesquisadores da Universidade de Cambridge, na Inglaterra. Os cientistas acompanharam 334 mil pessoas durante 12 anos.
Eles avaliaram os níveis de exercícios físicos, as taxas de gordura de cada uma e registraram quem morreu nesse período. Cruzando esses dados, veio a conclusão: os que correram o maior risco de morte prematura foram aqueles classificados como inativos, independentemente do peso.
Os pesquisadores de Cambridge acreditam que eliminar a inatividade na Europa poderia diminuir a taxa anual de mortalidade em 7,5%, o que corresponde a salvar mais de 676 mil vidas por ano. Eliminar a obesidade, segundo o estudo, salvaria menos da metade.
Um dos cientistas alerta, porém, que não é o caso de escolher entre uma coisa ou outra. Ele disse que devemos nos esforçar para combater a obesidade e, ao mesmo tempo, reconhecer a atividade física como uma estratégia muito importante de saúde pública.
A inatividade física é responsável por uma em cada dez mortes por doenças como problemas cardíacos, diabetes e câncer de mama ou colorretal, diz o estudo. Os pesquisadores dizem que o problema é tão grave que deve ser tratado como uma “pandemia”. Eles afirmam que a solução para o sedentarismo está em uma mudança generalizada de mentalidade, e sugerem a criação de campanhas para alertar o público dos riscos da inatividade, em vez de lembrá-lo somente dos benefícios da prática de esportes.