FORMOSA, GO (BDCi) – O flagrante de uma enfermeira espancando um cachorro da raça Yorkshire até a morte, na cidade de Formosa em Goiás, está mobilizando redes protetoras de animais e revoltando internautas em todo o Brasil.
A enfermeira, Camilla Corrêa Alves de Moura Araújo dos Santos, casada com um médico de Goiás, foi flagrada por um vizinho, na tarde desta quarta-feira (14), chutando e jogando o cãozinho no chão, com extrema violência, na frente de seu filho de 3 anos.
Os internautas membros do Facebook, twitter e orkut, indignados com a atitude cruel da enfermeira divulgaram dados pessoais da agressora como nome completo, endereço, nome da mãe, data de nascimento, CPF, telefones e perfis nas redes sociais pedindo justiça.
A Polícia Civil de Formosa abriu inquérito há 10 dias para investigar o caso após uma denúncia anônima.
Segundo o delegado Carlos Firmino Dantas, da 1ª Delegacia de Fomosa (GO), cidade do Entorno do Distrito Federal onde ocorreram as agressões, vizinhos da acusada afirmaram que era comum ouvir maus tratos ao animal.
A enfermeira de 22 anos acusada de maltratar um cachorro da raça yorkshire não cometeu apenas crime ambiental, previsto no Artigo 32 da Lei Federal nº 9605/1998. Ela também cometeu crime previsto no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), já que o fato da agressão ao cachorro ter ocorrido na frente de uma criança infringe o Artigo 232 do ECA. O artigo diz que é crime submeter criança ou adolescente a vexame ou constrangimento.
A pena é de de seis meses a dois anos de cadeia.Caso ela seja processada e condenada, a pena pode chegar a até dois anos.A Camilla se apresentou na delegacia acompanhada de um advogado, mas não prestou depoimento. O Delegado Dantas disse que a dona do cachorro afirmou que agrediu o animal porque estava em um “mau dia”.Em outras redes sociais, a foto dela tem sido divulgada com a frase “Procura-se assassina”. O vídeo foi postado no YouTube na quarta-feira .
Camila Corrêa dos Santos, antes de deletar a conta do Twitter deixou a seguinte messagem, “Estou dizendo por aí que sou uma monstra? Vocês não sabem o que eu passei com aquela peste”.
O perfil da enfermeira no Twitter também não traduzia o monstro e nem o ódio pelo animal que ela chama de “peste”. “Sou tranquila, casada, amo meu marido, meu filho, meus cachorrinhos, enfermeira por amor, muito feliz”, diz o texto.
O Ministério Público de Goiás e a Polícia Civil também investigam se a criança já foi alvo de maus tratos. O delegado afirmou que a enfermeira achava que assinaria apenas um termo circunstanciado, que serve para crime de menor potencial ofensivo. “Ela achou que não ia acontecer nada, no máximo pagar uma multa”, disse.
Por Janete Weinstein Fonte: Correio Braziliense & You Tube Imagem Google 16 de dezembro de 2011-12-17
10:34 p.m. PST