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Dicas para combater a obesidade infantil

A pesquisa Vigitel (Vigilância de fatores de risco e proteção para doenças crônicas por inquérito telefônico) 2012 mostra que 51% da população com mais de 18 anos está acima do peso ideal. Em 2006, o índice era de 43%. Entre os homens, o excesso de peso atinge 54% e entre as mulheres, 48%. Apesar da pesquisa não incluir casos de obesidade infantil, é importante ficar atendo com a saúde das crianças.

O número de crianças obesas tem crescido nos últimos anos. É preciso alertar para o fato de que é em torno dos dois anos e meio que se definem o número de células gordurosas de uma pessoa adulta. Os pais são os responsáveis pela escolha do alimento a ser oferecido para a criança. Ela não tem conhecimento sobre o que faz bem ou mal. Pede o que gosta.Sem controle, a obesidade infantil pode ser fatal. É um mal que provoca, ainda na infância, problemas de coluna, nas articulações, fere a autoestima e leva à rejeição social.

A obesidade na infância pode também desencadear doenças graves como:

Os alimentos estão divididos em três grupos. Combinados em todas as refeições, constituem uma alimentação equilibrada.

Para uma alimentação saudável:

BOM SENSO: Equilíbrio significa fazer um balanço do que você precisa e do que gosta de comer. Sua alimentação deve ser normalmente assim. SEMPRE:

Preferir os alimentos que tem alto valor nutritivo. A lista: arroz integral, feijão, ervilha, aveia, macarrão com molho de tomate, cereais integrais, leite semi desnatado, todas as frutas, verduras, peixes, frangos e carnes magras grelhadas ou assadas, sopa de legumes.

DE VEZ EM QUANDO:
Alimentos que têm excesso de gordura, açúcar ou sal. Por exemplo, macarrão com queijos, pizza, panquecas recheadas, tortas de legumes, pastelões, queijos processados (lanche, provolone, etc.).

RARAMENTE:
Alimentos calóricos, como os refrigerantes, tortas de queijos, batatas fritas, cheeseburger, bacon, presuntos gordos, embutidos em geral, waffle c/calda de chocolate, biscoitos recheados, croissant, bolos e tortas c/cremes, lasanha, feijoadas, doces em geral, chocolates, amanteigados, massa folhada, pastéis.

Aqui o comentário sobre alguns tipos de alimentos:

Junk Food: significa menos nutrientes, mais calorias. Refeições à base de salgadinhos, cheeseburger com maionese, refrigerantes, sorvetes estão absolutamente fora dos percentuais de uma dieta saudável. As Junk Foods têm muito mais gorduras, açúcar e menos nutrientes do que deveriam. Pior do que isto tem muitos aditivos para conservar sua qualidade.

Açúcar: se você come doce em jejum, o açúcar chega ao sangue em três minutos, vira energia imediatamente. (glicose) Isto significa que com a mesma rapidez que entra, sai. A carência de açúcar também não é o ideal, mas deve-se deixar os doces (açúcares simples) para ocasiões especiais. Isso pode ocorrer por falta de alguns nutrientes.

Jejum: É errado se entupir de comida hoje e amanhã tentar compensar com um dia sem comer nada. Depois do jejum, você vai ficar com fome, e vai devorar tudo o que vier pela frente. Para emagrecer, precisa disciplina, comer alimentos certos, horários certos, quantidades fracionadas. É bom entender que quem fica longos períodos sem comer esvazia suas reservas energéticas. Assim, a proteína, que é um alimento construtor, vai cumprir a função de energético, transformando o metabolismo em uma desordem, e em longo prazo, desregulando o organismo.

DICAS:

Algumas formas de reverter à obesidade infantil:

Cortar calorias nas refeições – os pais não devem superalimentar seus filhos à mesa. Se o cardápio é sempre muito calórico, talvez seja hora de repensar os hábitos alimentares da família em benefício da criança. Estudos comprovaram que os hábitos alimentares dos pais contribuem para o desenvolvimento da obesidade em crianças em idade escolar. Não ofereça doces como prêmio por bom comportamento. Limitar os lanchinhos- Quantificar a oferta de “guloseimas” em seus armários. A criança dificilmente aceitará frutas ao ter biscoitos e outras massas ao seu alcance. Não mande salgadinhos industrializados, refrigerantes, biscoitos recheados ou chocolates na lancheira. Limitar Fast-foods – os pais devem reduzir gradativamente as saídas para lanchonetes e outros Fast-foods. Introduzir atividades físicas – a atividade física é indispensável para a criança queimar calorias reduzindo seu excesso de gordura. Redução do tempo de TV – Estudos têm mostrado a relação direta entre assistir TV e a obesidade infantil. Não deixe que a criança passe muitas horas diante da TV. A média nacional são três horas e meia. Amamentação – Estenda o período de aleitamento materno ao máximo. Isso reduz o risco de obesidade por vários anos consecutivos.

Comer na hora certa – Na medida do possível, ensine a criança a comer frutas, verduras e legumes. Acostume a criança a comer nas horas certas – seis refeições por dia – e mantenha a rotina.

POR:  Viviane Reis  – Nutricionista clínica, especialista em esportiva, funcional e nutrigenômica.

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