Substância poderia ser um ‘composto líder’ em um possível tratamento oral. Pesquisadores ainda vão realizar testes clínicos.
Cientistas do Japão anunciaram nesta quinta-feira (31) que estão mais próximos de encontrar um tratamento via oral para a diabetes. Pesquisadores da Universidade de Tóquio informaram que criaram um composto que ajuda o organismo a controlar a glicose na corrente sanguínea.
A glicose é um combustível vital para o funcionamento de todos os órgãos do corpo, mas uma quantidade excessiva é nociva. Em algumas pessoas, esse excesso desenvolve a diabetes tipo 2, um mal que pode causar enfermidades, derrames cerebrais e problemas renais.
Os médicos afirmam que os casos de diabetes tipo 2 têm crescido consideravelmente nas últimas décadas, fato atribuído, principalmente, ao aumento de pessoas obesas.
O estudo, publicado na revista “Nature”, mostra que as pessoas obesas têm níveis mais baixos de adiponectina, um hormônio que regula a glicose e incrementa a eficácia da insulina. Os cientistas japoneses desenvolveram um componente chamado AdipoRon, que imita os efeitos desse hormônio e sobrevive sem modificações durante o processo digestivo.
De acordo com Toshimasa Yamauchi, professor da Faculdade de Medicina da Universidade de Tóquio, AdipoRon poderia ser um “composto líder” em um possível tratamento oral para a diabetes. “Nosso objetivo é realizar ensaios clínicos dentro de alguns anos”, disse ele à agência de notícias France Presse.
A diabetes é uma doença que atinge cerca de 347 milhões de pessoas, segundo dados da Organização Mundial de Saúde. Se bem controlada, ela não prejudica a qualidade de vida do paciente; porém, se não houver o controle adequado, o diabético pode ter riscos de problemas na visão, nos pés e também nos rins, nervos e coração.
Tipo 2.
É o mais comum e mais grave da doença. Atinge 90% dos pacientes no mundo. Ocorre quando o pâncrea falha parcialmente. É uma doença silenciosa e envolve até 30% de carga genética, quando parentes de primeiro grau têm o problema.
Sinais de alerta
Urina em excesso, ardência ou coceira ao fazer xixi, visão embasada.
Fonte: G1