BRASÍLIA, BRASIL (BDCi) O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, esteve no Brasil nesta última segunda-feira (6) para uma primeira reunião de trabalho no governo da presidenta Dilma Rousseff. Na ocasião, ambos concordaram em manter um acordo para construir uma refinaria de petróleo no estado de Pernambuco, assim como finalizar um acordo para a compra de aviões de passageiros da Embraer.
Entre os acordos incluídos estão os de energia e infra-estrutura do petróleo, bem como a assistência brasileira para a estruturação de um programa habitacional na Venezuela, que visa a construção de dois milhões de novas casas até o ano 2017.
A empresa de petróleo venezuelana PDVSA e a Petrobras do Brasil (PETR4.SA) pretendem financiar um projeto de refinaria conjunta. No caso, as duas empresas lançariam uma parceria para a construção do 230 mil barris por dia na Refinaria Abreu e Lima, no estado de Pernambuco, mas a PDVSA adiou a colocação de seus 40% cento de participação no projeto, que está prevista para começar em 2013.
Em declaração conjunta, Dilma defendeu a integração e cooperação harmoniosa dos países latino-americanos, respeitando os direitos humanos. A presidenta ainda ressaltou que o tempo coloca para o Brasil e a Venezuela desafios fortes nas áreas da economia, política, cooperação científica e direitos humanos. Ela destacou o aumento do comércio bilateral, no último ano, além do interesse do Brasil em aumentar a importação de diesel e etanol venezuelano.
Chávez, por sua vez, enfatizou o trabalho dos dois países na erradicação da miséria, disse que a relação entre Brasil e Venezuela não se limita a um intercâmbio comercial e que Dilma está ajudando a consolidar um modelo de cooperação econômica, social e científica, que começou a ser implantado por Lula.
O venezuelano aproveitou a visita ao Brasil para recomendar “força” ao ministro da Casa Civil, Antonio Palocci, suspeito de tráfico de influência e enriquecimento ilícito. Ao ser recebido pela presidenta no Salão Nobre, do Planalto, Chávez abraçou Palocci por longo tempo. “Fuerza, fuerza”, disse o venezuelano, que se apoiava em uma bengala por conta do problema no joelho.
By: Adrianna Lobo Souce: Reuters
June 06, 2011