LOS ANGELES, CA (BDCi News) Bactérias resistentes a antibióticos foram descoberta pela primeira vez no condado de Los Angeles e os especialistas estão preocupados. Se a bactéria se espalhar rapidamenterepresenta grandes riscos à saúde, especialmente para aqueles que um sistema imunológico comprometidos.
A superbactéria foi encontrada pelo professor da USC, Adam Smith, e sua equipe nas duas maiores instalações de águas residuais do condado de Los Angeles – a Hyperion Water Reclamation Plant em Playa del Rey e a Joint Water Pollution Control Plant em Carson.
A bactéria e seu gene associado tornam a colistina, um antibiótico de “último recurso”, completamente ineficaz. A colistina é usada para infecções graves ou condições que não podem ser tratadas ou não responderam a antibióticos como a penicilina.
Smith disse que, embora esse tipo particular de gene resistente a antibióticos tenha sido encontrado em outras partes do mundo, esta é a primeira vez que foi encontrado em Los Angeles.
Ele disse que as águas residuais são uma boa indicação da saúde geral do público, e é por isso que os testes devem ser feitos regularmente para rastrear doenças crescentes.
Culpa da pandemia, quando houve um aumento na ingestão de antibióticos em todo o mundo
BREAKING: Antibiotic-resistant super bacteria discovered in LA County for the first time. Experts warn of significant health risks, especially for immunocompromised individuals.
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— Los Angeles Magazine (@LAmag) April 7, 2023
Smith disse que o motivo da presença da bactéria pode ser atribuído à pandemia, quando houve um aumento na ingestão de antibióticos em todo o mundo. Antes da pandemia, havia mais ênfase em programas que dissuadissem os médicos de prescrever antibióticos em excesso.
“É importante perceber que os antibióticos são prescritos em excesso por muitos profissionais médicos, sejam ou não necessariamente necessários”, disse Smith.
Ele observa que a prescrição excessiva é um problema porque as bactérias deixadas para trás ao usar antibióticos são resistentes a antibióticos e, com o uso excessivo, ele diz: “estamos propagando bactérias resistentes a antibióticos. Se eles se tornarem resistentes, estamos potencialmente chegando a um ponto em que os antibióticos não são mais utilizáveis para combater essas infecções. Então, temos que criar novos antibióticos ou outras terapias que possam”.
Smith disse que além de monitorar o que acontece no consultório médico e no local de atendimento, deve haver um monitoramento mais frequente e contínuo das águas residuais e da comunidade microbiana circundante.
“Precisamos pensar em estações de tratamento de águas de esgoto e como elas poderiam ser melhor projetadas para realmente combater a resistência a antibióticos, para que não se espalhe no meio ambiente”, disse Smith.
Durante a pandemia, os cientistas conseguiram identificar a infecção no nível da comunidade e do prédio, o que permitiu intervenções de saúde direcionadas. Smith disse que o teste de águas residuais pode ser muito útil para uma instituição de atendimento a idosos ou um local com maior risco de exposição a bactérias resistentes a antibióticos.
Smith disse que se o problema não for resolvido, “a resistência aos antibióticos pode ser a próxima pandemia”.