Conta uma história que um homem havia pintado um lindo quadro. No dia de apresentá-lo ao público, compareceram as autoridades locais, fotógrafos, jornalistas, e muita gente, pois o pintor era famoso e um grande artista. Chegado o momento, o pano que encobria o quadro foi retirado. Calorosos aplausos. Era uma impressionante figura de Jesus batendo suavemente à porta de uma casa. O Cristo parecia vivo. Com o ouvido junto à porta, Ele parecia querer ouvir se lá dentro alguém respondia. Todos admiravam aquela obra de arte. Um observador curioso, porém, achou uma falha no quadro: A porta não tinha fechadura. E foi conversar com o artista: “Sua porta não tem fechadura! Como se fará para abri-la?” E o pintor, com bastante naturalidade, respondeu: “É assim mesmo, esta é a porta do coração humano. Só se abre do lado de dentro.”
Isso é muito real… Por mais que você insista para tocar um coração endurecido, nada muda se o dono deste coração não quiser mudar.
Se você convive com pessoas de difícil trato, lembre-se de abrir as portas de seu próprio coração e buscar, dia após dia, sua reforma intima, desenvolvendo mais paciência e compaixão em seus pensamentos e atos. Pare de esperar reconhecimento de quem ainda não é capaz de ver nada além de sua própria imagem. E, ao invés de se lamentar pelo desamor de alguns que o rodeiam, não revide as ofensas, nem lance condenações. Não estou dizendo para você “engolir” as injúrias e fazer de conta que nada aconteceu… Não! Apenas, sem cobrar nada do outro, tome a madura decisão de alterar sua vida no que for preciso, para que o outro entenda que você merece ser tratado com amor e respeito.
Quando criança, é mais fácil para pais e educadores trabalharem as mudanças e ensinar posturas positivas para ela, com amor e assertividade (dizer “não” quando for necessário, sem culpas). Mas com adultos… O que você pode fazer é modificar o que for preciso em seus próprios caminhos, e rezar pelos outros.
Em momentos de conflito, o segredo é falar pouco e pensar muito. Com pensamentos e visualizações otimistas, e sua atitude de autorrespeito, você não abrirá as portas dos corações das criaturas complicadas, mas despertará nelas um sutil desejo de tirar os cadeados que aprisionam suas chances de serem felizes. Cada um tem seu tempo de acordar para a vida… Respeite esse tempo e dê o melhor de si para que seja exemplo de renovação e crescimento interior.
Portanto, sem querer mudar ninguém a não ser a si próprio, desfaça-se das ilusões, pare de “dar murro em ponta de faca”, e cuide-se bem!
Eliana Barbosa é consultora comportamental, life coach, psicoterapeuta, articulista de jornais e de revistas de circulação nacional e internacional, autora de vários livros no campo do autodesenvolvimento, apresentadora de programas em TV e rádio, e ministra palestras e cursos transformacionais no Brasil e nos Estados Unidos.
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