Muita gente sofre e vive em função do passado. Fica remoendo, discutindo, se lamentando por situações que já deveriam ter sido superadas, mas volta e meia, elas reaparecem e causam brigas e angústia. São pessoas viciadas no passado.
Elas estacionam suas emoções em eventos marcantes do passado (sejam dolorosos ou felizes) e desprezam o momento presente. E, pior, as lembranças são tantas que essas pessoas deixam passar a oportunidade de sonhar, de criar projetos para o futuro.
Perpetuar o sofrimento é uma forma inconsciente dessas pessoas de sentir que têm o poder de perdoar ou não as situações dolorosas ou as pessoas envolvidas. Elas preferem insistir na dor a se livrar do lixo dos ressentimentos e tocar sua vida, leve e livre…
Vejo, também, pessoas presas ao passado por uma saudade sem fim… Sentir saudade só é bom quando as experiências passadas são usadas em forma de gratidão, para acreditar no melhor e construir dias mais felizes. Saudade é ruim quando as pessoas firmam o pé no passado, se enchem de melancolia e não se permitem ter experiências melhores no futuro.
É imaturidade emocional viver no passado e este comportamento é o grande causador da depressão – que é o excesso de passado em nossas emoções. Ou a pessoa se entristece porque sente falta do passado que foi bom, ou se angustia porque sofreu e não consegue perdoar, ou sente raiva de si mesma pelas escolhas erradas que fez…
Guarde bem: Mesmo que seu passado tenha cicatrizes, o seu futuro está intacto e ele só depende de suas boas escolhas no presente. Por isso, a importância deste ditado: Ontem é história; amanhã, mistério; hoje é uma dádiva, e por isso chamamos de presente.
Por mais difícil que tenha sido o seu passado, você não vai poder mudá-lo, mas pode mudar, agora mesmo, a importância que você tem dado a ele.
Quando você conseguir se importar mais com o hoje e com seus planos para amanhã, aí sim você se sentirá livre dessa prisão opressora chamada “passado”.