NOVA YORK (BDCi) — Os Estados Unidos vão pressionar por reformas no processo eleitoral do Conselho de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), na esperança de impedir que países violadores do direito internacional ocupem vagas nessa comissão.
“Os Estados Unidos vão trabalhar para forçar uma nova coalisão na ONU em Nova York. Seria um tipo de ‘bancada da credibilidade’ para promover eleições realmente competitivas, a rigorosa aplicação dos critérios de participação e outras reformas destinadas a manter os piores transgressores de fora”, disse Joe Torsella, embaixador-adjunto dos EUA na ONU.
Torsella disse também que é hora dos países comprometidos com os direitos humanos se unirem para impor aos membros do Conselho o mesmo padrão de eleições livres e limpas que a ONU promove no mundo todo”.
O governo Obama tem sido criticado por alguns membros da oposição republicana por
participar do Conselho de Direitos Humanos, que era boicotado na época do antecessor dele, George W. Bush, por causa de um suposto viés anti-Israel. O atual governo norte-americano também faz críticas ao Conselho, mas disse que preferia participar dele para reformá-lo
O Conselho de Direitos Humanos reúne 47 países e funciona em Genebra. Entre os integrantes estão China, Rússia e outros países que entidades de direitos humanos dizem cometer abusos disseminados. Os Estados Unidos participam do Conselho desde 2009.
As eleições anuais do Conselho, como acontece na maioria das outras instâncias da ONU, geram pouca competição. Em geral, grupos regionais da Ásia, África, América Latina, Europa Oriental e Europa Ocidental definem seus candidatos antecipadamente, de modo que praticamente todos os candidatos ficam com vaga assegurada.
Por: Josi Chevalier Fonte: Reuters Foto: Reuters 20 de Janeiro de 2012
10:49 p.m. PST