SÃO PAULO, SP (BDCi) – Há dez anos, o professor José Alexandre Barbuto do Departamento de Ciências Biomédicas da Universidade de São Paulo (USP) e consultor da divisão de Vacinas e culturas de células do Grupo Genoa, desenvolveu uma vacina para câncer de pele e rins.
Com o nome de HybriCell, a vacina tem sido utilizada por mais de duzentos pacientes e sua eficácia de sucesso teve o percentual de 80%. Ela é fabricada com o próprio tecido do paciente, onde é retirado cerca de 2 a 5 cm³ e enviado em kit especial fornecido anteriormente pelo laboratório.
O HybriCell ativa os leucócitos “T” e “B”, responsáveis pela identificação de corpos estranhos no organismo, fazendo-os reconhecerem o tumor como invasor e partindo para o contra-ataque do mesmo. A vacina não erradica a doença, mas estabiliza-a, impedindo que o tumor se prolifere, assim como as tão temidas metástases.
Isto tem sido animador para os pesquisadores, porque só o bloqueio da multiplicação das células cancerosas é uma grande vitória sobre a doença. Vale salientar que embora não haja a cura, o tempo de sobrevida aumenta, o organismo consegue se recuperar enquanto dure o efeito da vacina, propiciando aos pacientes em levarem uma vida normal. Tudo isto porque a vacina não possui elementos utilizados na “Quimioterapia & Radioterapia” com seus efeitos colaterais indesejáveis como: a alopecia (queda de cabelos), vômitos, fraqueza, dores musculares, anemia, etc…
O HybriCell não substitui o tratamento tradicional, por isso foi liberado apenas como tratamento adjuvante pela Anvisa.
O produto ainda não pode ser produzido em série ou exportados para outros países. Mas num futuro próximo, essa tecnologia pode ser transmitida para a comunidade de biotecnologia do mundo. Barbuto já publicou os resultados de sua pesquisa em imunologia numa revista científica nos Estados Unidos.
By: Staff Writer
June 09th, 2011