(BDCi) — Em um futuro próximo, os óculos de “realidade aumentada” poderá substituir os smartphones e se tornar seu novo dispositivo de computação diário. Isso é o que diz Michael Abrash, cientista chefe da pesquisa Facebook-owned Oculus Research, que está trabalhando duro em ambos os projetos com fones de ouvido de realidade virtual e óculos de realidade aumentada.
Abrash visiona óculos que se parecem como os óculos de hoje — leves e elegantes — mas com o poder de aumentar a memória do usuário, fornecer tradução instantânea de sinais e línguas estrangeiras, diminuir o volume de conversas ou sons e até mesmo ler a temperatura de um bebé com apenas um olhar. Em outras palavras, um super óculos criado pelo Facebook substituirá as tarefas que os smartphones desempenham nos dias de hoje.
Estes óculos não são como os óculos de realidade virtual, que envolvem o usuário em um mundo separado, mas eles superimpõem informações virtuais para o mundo real, um conceito chamado de realidade aumentada.
Grandes avanços na ciência óptica ainda precisam ser realizados para que os óculos do Facebook sejam possíveis— e isso ainda pode demorar 10 ou 20 anos, Abrash explicou durante a sua palestra para a Conferência Anual de Desenvolvedores do Facebook, na última quarta-feira.
“Daqui a 20 ou 30 anos eu prevejo que, em vez de transportar elegantes smartphones em todos os lugares, nós vamos usar estes óculos elegantes de realidade aumentada. Os óculos do Facebook oferecerão muitos recursos e nós vamos usá-los todos os dias,”ele disse.
Mas para que os óculos do Facebook se tornem bons o suficiente para ser um produto viável e uma visão comum na rua pode não estar muito longe. Em menos de cinco anos, o óculos do Facebook poderá ter seu momento de”Macintosh”, disse Abrash, referindo-se aos famosos computadores da Apple lançados em 1984, que viraram um fenômeno de massa de computadores pessoais nos Estados Unidos.
“Mesmo que estejamos a caminho, vai demorar alguns anos para desenvolver plenamente o potencial do óculos do Facebook, assim como levou décadas para computação amadurecer e atingir bilhões de pessoas,” ele disse.
Hoje já existem alguns óculos como os do Facebook, mas eles estão em uma fase equivalente a do pré-Mac do PC. O Google Glass, por exemplo, uma das primeiras tentativas de introduzir óculos computadorizados, caiu por terra por causa de uma aparência desajeitada, mau desempenho e uma preocupações com a privacidade dos usuários.
A Microsoft está trabalhando na Hololens, que faz um trabalho impressionante, sobrepondo imagens holográficas ao mundo real.
Todos esses esforços iniciais são as bases necessárias para se chegar à próxima fase e criar um óculos que, nas palavras de Abrash, “aumentam e melhoram a sua visão e audição, o que faz de você uma pessoa mais esperta e mais capaz, além do que o óculos é mais leve, confortável, elegante e socialmente aceitável para acompanhá-lo aonde quer que você vá.”
Não há falta de empresas interessadas nesta tecnologia ambiciosa, incluindo a Snap, Magic Leap, Google and Microsoft, que estão na corrida para se tornar o Macintosh dos óculos.
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